Monday 27 August 2012

Família real - Custo pro contribuinte

Post atualizado para refletir os valores de 2013.

No ano de 2013 o custo da família real foi de £35,7 milhões, sem contar os custos com a segurança deles. Esse valor dá um total de 56p (56 centavos) no ano para o contribuinte. Eu, particularmente, acho  baratíssimo e por mim, deixaria de "miséria" e arredondaria logo pra £1. Não sou monarquista mas no caso da Inglesa eu acho que eles trazem muito mais do que tiram do país. É, sem dúvidas, a monarquia mais famosa do mundo e acredito que boa parte dos turistas que vem à Londres querem visitar o palácio que a rainha mora, a igreja onde a Diana casou, a abadia onde o William casou e por aí vai. Se não fossem por eles, essas mesmas atracões não teriam o mesmo apelo turístico. 

Há muitos que pensam o contrário e acham que ter uma família real é uma coisa do passado e não querem ficar sustentando uma família que não faz "nada".

Visita à Irlanda

Já eu acho que eles fazem sim, e muito. A Rainha Elizabeth se compromete a atender uma média de 430 compromissos num ano. Nesses números estão incluídas: inaugurações, visitas à organizações e caridades, discursos, conhecer pessoas, receber chefes de Estado, etc. 

Todos os dias pela manhã ela recebe cerca de 200-300 emails do público. Ela seleciona alguns e avisa à sua staff como ela gostaria que eles fossem respondidos. Quase todas as cartas sāo respondidas. Depois, ela tem uma reunião com seu secretário particular que traz uma cota diárias de documentos oficiais, trazidos dentro da famosa "red box". 

Pasta que é levada diariamente à Rainha Elizabeth.

Todos são lidos e se necessário aprovados e assinados. Todas as quartas, às 18:30, ela tem uma reunião semanal com o primeiro ministro. As reuniões sāo confidenciais, nada é gravado e os dois ficam à sós na sala. E todos os dias, as 19:30 ela recebe o relatório do parlamento que é lido na mesma noite. Isso sem contar com recepções, jantares, visitas de presidentes, chefes de estado, etc.

Quando viajam, ela e o Principe Philip as vezes visitam eventos diferentes para garantir que o maior número de estabelecimentos e pessoas serão visitados. Só nesse último ano eles visitaram toda a Grã-Bretanha, a Irlanda, Jamaica e até a Australia.
Isso tudo para uma senhora de 86 e um senhor de 91 anos.
E aí, vale os 52p?



Em visita à Austrália



Thursday 23 August 2012

Londres e a pressa no metrô

São mais de 8 milhões de habitantes e eles têm pressa. O transporte público é eficiente, rápido e confiável mas mesmo assim os Londrinos reclamam, fazem cara feia, não querem que absolutamente nada atrapalhe as suas jornadas.

Já nas escadas rolantes das estações nota-se. O lado esquerdo é pra quem tem pressa e vai andar na escada. O lado direito é reservado pra quem vai ficar parado, esperando o tempo normal da escada. Nem ouse ficar parado do lado esquerdo! É quase um crime. E inafiançável!! (Exagerando, claro.)

Nas escadas rolantes deixe sempre o lado esquerdo livre para quem tem pressa.


Chegando à plataforma os mais "manjados" já se posicionam exatamente nos locais onde as portas vão abrir. Assim não desperdiçam um só segundo e tem mais chances de entrar no trem. Se o trem chega lotado eles tentam de qualquer forma se enfiar nele. Eles batem na janela, pedem para os passageiros  afastaram e usarem todo o espaço do trem, forçam a entrada até mesmo quando a porta já está fechando arriscando até um acidente. Fazem isso tudo mesmo sabendo que o próximo virá em 2 minutos.

Estação de Bethnal Green - rush hour


Uma vez dentro do trem, por mais lotado que esteja, fica "cada um no seu quadrado", ouvindo seu mp3 player, lendo um livro ou o jornal. Dificilmente alguém vai encostar em você a não ser que o trem pare inesperadamente. É uma arte que os Londrinos dominam como ninguém. 

Cada um na sua, com a leitura de sua preferência. 


Tuesday 21 August 2012

London Bridge e por que os ingleses se mantém à esquerda

London Bridge (Ponte de Londres) é onde Londres começou. A primeira ponte foi construída em 52 d.C. pelo exército Romano, do imperador Claudius, perto do local onde a atual ponte se encontra. No ano 80 d.C uma ponte mais permanente, de madeira, foi construída mas acabou sendo deixada de lado e substituída por ferrys. 

A primeira ponte de pedra começou a ser construída durante o reinado de Henrique II e levou 33 anos para ser terminada. Então, foi decretado que casas e lojas deveriam ser construídas na ponte, onde seria cobrado aluguel para pagar a manutenção da ponte. 

Antiga London Bridge


Como a ponte era um pouco estreita, as vias logo começaram a ficar congestionadas. Em 1722 o prefeito de Londres decidiu que o tráfego deveria ser mantido à esquerda para organizar o trânsito. Foi a primeira vez que essa regra virou obrigatória na Gra-Bretanha. 



O motivo pelo qual o prefeito escolheu o lado esquerdo, vem de tempos ainda mais remotos. No passado quase todos preferiam andar pelo lado esquerdo da rua porque era a opção mais racional em sociedades violentas. Como a maioria das pessoas eram destras, ao andar pelo lado esquerdo elas deixavam o lado direito mais perto de um possível oponente, pronto para o combate e a bainha da espada mais afastada dele. Isso também reduzia as chances da bainha atingir outras pessoas

O costume do resto do continente de dirigir ao lado direito da pista vem de Napoleão Bonaparte, que era canhoto. Foi ele que estabeleceu o primeiro sistema de trânsito na maioria dos países europeus, usado até hoje. 

Por volta de 1960 a antiga ponte ja não comportava o transito moderno e o governo decidiu colocá-la à venda. Robert McCulloch, original do Arizona, EUA, ofereceu $2,400,000 por ela. Dizem que o comprador achava que estava comprando a Tower Bridge (Torre de Londres), bem mais imponente e bonita. Isso não sabemos dizer se é verdade ou mito. O fato é que a ponte foi desmontada, pedaço por pedaço e transportada para o Arizona onde foi colocada novamente no Lago Havasu City, no rio Colorado. A ponte de Londres foi a maior antiguidade já vendida, de acordo com o livro Guinness. 

A atual ponte de Londres foi inaugurada em 1973 e é feita de concreto. O asfalto dela é aquecido durante o inverno para evitar o congelamento.

Atual London Bridge